03. CONFIDENZE PRIVATE
CAPÍTULO TRÊS
❛ confissões privadas ❜
MAIS UMA VEZ, Jane puxou a mão de Meredith forçando-a a andar mais rápido, ela havia perdido a conta de quantas vezes a menina tropeçou forçando-a a revirar os olhos por seu descuido. Jane não se incomodou em prestar atenção na menina e queria poder se livrar dela o mais rápido possível, então, quando teve a chance, ela aproveitou.
Do lado de fora do escritório do Rei Marcus, Jane estava ao nível da garota, seus olhos olhando para ela, certificando-se de que ela estava prestando atenção antes de começar a falar.
— Você ficará com o rei Marcus até que alguém venha atrás de você. — ela retrucou com aquela seriedade em sua voz, desprovida de qualquer emoção positiva. — O rei Marcus não gosta de ser incomodado nas horas livres, então não o incomode com bobagens. — ela avisa, Jane nunca se preocupou em ser gentil com a garotinha, ela, assim como Caius, considerou que isso daria caráter a ela. — Não o interrompa. Não toque em nada, não quebre nada. Entendeu?
Meredith assentiu silenciosamente, olhando para seus sapatos novos, que tinham uma linda flor branca no centro da qual ela não conseguia lembrar o nome. Foi então que a porta se abriu.
— Mestre. — a loira mais velha retrucou e o rei desviou seu olhar entediado para a garotinha que segurava frouxamente a mão do forte aperto de Jane.
— Você pode deixar ela, Jane.
A loira não perdeu tempo e desapareceu no corredor, Marcus olhou para a garotinha que segurava seu bichinho de pelúcia firmemente nos braços entrando no quarto, ela não era muito diferente das outras e Meredith logo pareceu se acostumar com a escuridão do castelo. A menina foi até um sofá, Marcus olhou para ela intrigado, claro que tinha conseguido ouvir os avisos de Jane para ela e não hesitou em ouvi-la, subiu com dificuldade até o sofá e sentou-se em silêncio.
O melancólico rei voltou para sua mesa, o comportamento de Meredith havia mudado drasticamente em relação ao que era no dia anterior. Aro se ofereceu para cuidar dela, ela parecia sem dúvida mais calma, mas é claro que Jane não estava lá para lembrá-la de seu lugar na frente deles e não poderia esperar que se lembrasse disso também. Ele não teve tempo de conhecer a garotinha e não estava mais interessado em fazê-lo, porém, Meredith poderia fazê-lo lembrar de algo que perdeu talvez há muito tempo.
— Meredith. — o homem chamou fazendo-a pular, ela havia passado algum tempo olhando para ele e o rei não podia ignorar. — Está tudo bem? Há algo que você queira me contar?
A menina pensou por um momento e deixou o giz de cera amarelo ao lado dela.
— Por que você está triste? — ela perguntou em um sussurro, passando o braço pelo cachorro de pelúcia marrom. Então Marcus olhou para ela surpreso, sem dúvida não esperando aquela pergunta.
— Eu me sinto triste? — o rei questionou, intrigado.
— Diariamente...
Foi então que o canto dos lábios dele se ergueu levemente, assentindo brevemente antes de pensar em suas próximas palavras, o rei se levantou se aproximando dela, Meredith não queria se meter em encrencas mas Marcus não parecia incomodado.
— Você é muito observadora...
— Obse-? — ela perguntou confusa, inclinando a cabeça com esse termo, o rei acenou com a cabeça antes de se sentar ao lado dela.
— Observadora significa que você pode ver detalhes em algo que outras pessoas não percebem facilmente. — explica ele em termos simples, embora talvez não esteja claro para ela. — Por exemplo, o que você pode notar nesta imagem? Só consigo perceber linhas que formam um círculo.
Meredith olhou para a imagem.
— Árvore... — ela respondeu sem hesitação e Marcus acenou com a cabeça.
— Muitas pessoas não param para ver os detalhes do mundo ao seu redor, poucos apreciam isso. Você entende agora?
Ela assentiu.
— Então, agora você acha que estou triste? — ele questionou mais uma vez e ela assentiu.
— É, hummm... — pensou ela, sem ter uma palavra para definir, não tinha certeza de como poderia expressar.
— Difícil? Complicado? — ele questionou. — Você não consegue entender isso facilmente - é isso que eles querem dizer.
— Sim! Sim! É complicado! — ela exclamou, balançando a cabeça. — Você pode ser alguém.
— Como você pode ter tanta certeza?
— Eu posso sentir isso, eu também machuquei alguém... Eu machuquei minha mãe. — ela confessou com tristeza. — Eu sinto aqui.
— Você consegue perceber como alguém se sente ao seu lado? — ele questionou, impressionado, e ela assentiu.
— Jane sempre brava, Demeti também não gostava de mim, Felis complicado - Caius bravo também não gostava dele - você entendeu. — explicou ela.
— Eles fizeram você se sentir muito mal, não foi?
Ela assentiu. Claro que Caius e Jane não gostavam da presença da garota, também não podia culpar seus guardas, mas Meredith era uma garota que ainda não entendia muitas coisas mas ela podia senti-las, ela podia sentir que não era bem-vinda, ela podia sinta o descontentamento das pessoas ao seu redor quando a única coisa que ela conheceu em sua vida foi o calor envolvente com que os Cullen a protegeram todo esse tempo e agora a mantiveram no frio, no escuro, completamente sozinha.
— Eu amo muito meu tio Jasper, ele sempre me levava para ver os patinhos! — ela exclamou com um sorriso. — E ao meu tio Edvad e à minha tia Alice e aos meus abuelos... E ao papai, eu amo muito o papai...
Foi então que Marcus viu a primeira lágrima escorrer por seu rosto, algumas noites eles podiam ouvir seus leves soluços no castelo que se tornavam cada vez mais lentos até se perderem quando ela adormecia, Marcus conseguia entender como era sentir falta de alguém, ele fazia isso há milênios, mas Meredith tinha apenas cinco anos e ela não entendia por que ninguém voltou para buscá-la depois de todo esse tempo e talvez nunca o fizesse. Ele a viu abraçar a única lembrança de uma vida passada, escondendo o rosto naquele cachorro de pelúcia que ela protegia como o maior de seus tesouros. Assim como ele, Meredith compartilhava uma tristeza que ninguém mais no castelo tinha e ele conseguia entender isso, conseguia se identificar com aquele sentimento complexo por sua espécie, desejava poder ter palavras de conforto, certamente as diria para si mesmo, mas não havia mais mentiras no livro de desculpas que os Volturi criaram para fazer Meredith parar de perguntar sobre seus pais, e o tempo estava se esgotando.
Algo estranho tomou conta dele e deu um tapinha gentil no ombro da menina. Porém, ele não esperava que sua ação fizesse a menina começar a chorar e então se aproximar dele, a ponto de se esconder em sua capa, procurando refúgio, conforto, consolo que lhe foi negado desde que pisou naquele castelo pela primeira vez, e ele não saiu do lugar, só deixou a garota chorar o que tinha que chorar, ele a deixaria desabafar mesmo que havia esquecido a maneira como o choro significava, ele não conseguia se lembrar da última vez que chorou, mas da última vez que quis e não conseguiu.
[...]
Era estranho ver algum dos reis longe de seu trono, ainda mais na área aberta aos humanos já que eles preferiam seu castelo subterrâneo. Se isso era estranho, agora ver Marcus era ainda mais, acrescentando o fato de ele estar segurando a mão de Meredith, ela conhecia o caminho já que a usava constantemente em suas visitas ao jardim.
Os secretários ficaram perplexos quando o rei passou na frente deles carregando a menina.
— Aonde vamos? — ela perguntou curiosa, olhando para o rei alto.
— Tenho pensado que já que você não gosta da escuridão do castelo talvez pudéssemos consertar isso encontrando outro quarto para você. — ele explicou gentilmente, ele não tinha parado para pensar no que seus irmãos diriam sobre isso. — Você também estará perto da torre de Athenodora e Sulspicia, talvez possa fazer companhia a elas durante a tarde...
— Gostei muito disso! — exclamou ela, dando um pequeno salto, o que a encorajou a avançar saltando entre os passos sem largar a mão do rei.
Eles haviam subido muitos degraus na opinião dela, embora para Marcus não tivessem sido muitos, talvez ele tivesse esquecido as pernas curtas da garota, mas ela não parecia cansada por causa disso, estava animada para sair da escuridão em que havia sido forçada viver.
O rei pensou muito em um quarto apropriado e quando o encontrou em sua mente direcionou a menina para o final do corredor, eram portas duplas o que chamou a atenção de Meredith já que seu quarto só tinha uma porta, ela foi imediatamente saudada por a luz que ela entrava no quarto através de duas enormes janelas que eram portas de vidro duplo que davam para a varanda, o piso era de mosaicos em tons marrons e as paredes eram de uma cor parecida com o branco, mas o que mais chamou a atenção da menina era a estranha figura no teto.
— O que é isso? — ela perguntou curiosa, apontando com o dedo, Marcus seguiu sua direção.
— É um lustre de cristal, quando a luz do sol o toca ilumina o ambiente com as cores do arco-íris. — explica, observando a menina virar a cabeça para trás para continuar olhando para ele. Então avançou em direção às portas da varanda de vidro com moldura de metal.
— Ele é muito fofo...
— Você gosta?
Ela acenou com a cabeça várias vezes, foi então que olhou para a cama, era tão grande quanto a dela mas os dosséis não eram de cor escura mas sim transparentes, assimilando uma cor esbranquiçada, este seria sem dúvida o seu quarto.
— Acho que deveria dizer aos guardas para prepararem este quarto e trazerem suas coisas, certo?
— Sim, eu posso fazer isso!
[...]
Meredith estava muito feliz em seu novo quarto, era muito mais quente que o resto do castelo, onde não havia iluminação decente para a menina que preferia ficar nos jardins observando as borboletas que pousavam nas roseiras. Agora ela não passava tanto tempo com os guardas, pois passava grande parte do dia com as rainhas que sempre a recebiam com enormes sorrisos e pareciam estar mais felizes com ela ali.
Era uma linda tarde de maio, o céu estava limpo, o que obrigou os vampiros de Volterra a se esconderem no castelo e Meredith teve que ficar no castelo, porém isso não pareceu desencorajá-la pois ela não hesitou em voltar para seu quarto para brincar com aquela linda casa de bonecas que Heidi comprou para ela na cidade.
— O que você está fazendo, piccola? — perguntou a Rainha Athenodora entrando na sala. — É um dia precioso para desperdiçar aqui, querida.
A menina olhou para cima, sua mão segurando uma pequena boneca em um vestido florido com fitas coloridas no cabelo. Meredith gentilmente a colocou na cadeira antes de olhar para a rainha que estava agachada até sua altura.
— Caius lhe disse que você não poderia sair? — a rainha questionou e Meredith assentiu. — Tenho certeza de que ele nos deixará sair para o jardim. Gostaria de vir comigo?
Meredith assentiu animadamente, Athenodora era, assim como Heidi, a coisa mais próxima que ela tinha do que sentia com os Cullen, quando Athenodora estava perto ela podia sentir que sua mãe também estava perto e por isso ela não se sentia mais tão sozinha como se sentia com o resto do povo Volturi naquele castelo.
— Que bom que o quarto foi do seu agrado... — a rainha mencionou gentilmente, pegando sua mão enquanto ambas desciam as escadas da torre em direção ao corredor central.
— Muito fofo!
Então a rainha sorriu novamente, Athenodora sempre quis ser mãe e se tivesse tido a oportunidade não teria duvidado que seria como Meredith, sua doce inocência simplesmente a lembrava de tudo que ela perdeu com sua imortalidade e isso só fez ela triste.
As duas viraram no corredor esbarrando no guarda, especificamente Jane e Alec, que se curvaram levemente quando a viram.
— Minha rainha... — Jane chamou, notando Meredith. — Permita-me devolver a garota para o quarto dela, eu avisei para ela não te incomodar... — Jane disse entre dentes, olhando para a garota que rapidamente baixou o olhar e preferiu se esconder atrás do vestido da rainha, querendo se soltar da mão dela.
— Bobagem, Jane! Meredith tem sido apenas uma companhia agradável para Sulspicia e para mim. — a rainha repreendeu a loira ao ver o efeito que ela teve em Meredith.
— Minha senhora, Mestre Caius foi bem claro sobre isso. — avisou Alec, tentando desviar o olhar furioso da rainha de sua irmã. — Nós apenas seguimos suas ordens...
— Eu sou a rainha aqui também. — ela exigiu com firmeza. — E se eu quiser que Meredith continue me fazendo companhia, então será assim e ninguém terá que me questionar.
Os gêmeos assentiram, Alec rapidamente pegou o antebraço de sua irmã e os dois recuaram rapidamente pelo corredor, mas Athenodora não pareceu pensar nas consequências, ela imediatamente mudou seu rosto sério para sorrir para Meredith que estava olhando para ela todo esse tempo.
— Então, você gostaria de ir ao jardim ou a algum outro lugar do castelo? — ela perguntou docemente enquanto as duas estavam em frente às enormes portas que davam para o jardim.
— Jadin, pofavo.
Athenodora olhou para a dupla de guardas e eles abriram as portas para deixá-las passar.
[...]
Por outro lado, Caius observava do alto daquela torre enquanto sua esposa caminhava pelo jardim, sua raiva rapidamente se dissipou como neblina ao ver como ela sorria, ele não a via sorrir daquele jeito há séculos. Parecia que era outra pessoa, sua risada melodiosa era algo que ele não sabia que tinha perdido, até que ouviu novamente à distância. Ele deu a ela o mundo inteiro, mas havia coisas que ele nunca poderia oferecer a ela e agora o que ela desejava estava ao seu lado, segurando sua mão a cada passo.
— O que você quer que façamos a respeito? — Jane perguntou ao rei que não tirava os olhos da esposa.
— Exatamente o que a rainha pediu, Jane. — ele retrucou, vendo como Athenodora havia escolhido sentar-se à sombra do pessegueiro com Meredith no colo para trançar seus cabelos dourados enquanto ria. — Vocês não vão incomodar Meredith quando ela estiver com minha esposa.
A loira assentiu com a cabeça, não gostou de ter cometido um erro, esperava que Caius repreendesse a garota, sem dúvida a pegando de surpresa com sua decisão.
— E como têm tanto tempo livre, vamos designar a guarda de elite para cuidar de Meredith. Não só Jane ficará encarregada de cuidar dela. — apontou o rei loiro, virando-se para notar o olhar da loira, uma expressão horrorizada.
— Você tem certeza disso, irmão? — Aro perguntou curioso. — Qual o motivo dessa mudança? Não me diga que a garota te preocupa...
— Eu não tenho que discutir minhas decisões com você. — ele retrucou com raiva, ignorando o olhar de seus irmãos. — Então vá contar a novidade para a dupla de tolos.
— Se você não se importa com o que acontece com Meredith, então por que designa os melhores guardas para cuidar dela? — Aro perguntou com um sorriso zombeteiro.
O rei apenas grunhiu e voltou seu olhar para a imagem a sua frente, as duas loiras permaneceram no mesmo lugar, Athenodora teceu sua trança e colocou flores nela enfeitando seus cabelos, ela fazia cócegas na menina de vez em quando a fazendo rir entre seus braços, ele poderia desejar algo que nunca quis?
[...]
Com essa notícia, depois que a rainha deixou Meredith em seu quarto durante a tarde, a menina percebeu que não estava sozinha quando uma figura vestida de preto parou na sua frente.
— Olá? — ela perguntou, chamando a atenção do gêmeo.
— Olá. — ele cumprimentou friamente, observando-a lutar para segurar os desenhos nas mãos. — Você precisa de ajuda?
Meredith negou.
— Não, obrigada, eu posso fazer isso sozinha!
Alec assentiu com a cabeça observando-a ir até a mesa de centro, deixando tudo espalhado sobre ela, ela sentou no tapete velho e abriu seu caderno de desenho, o vampiro olhou para ela com curiosidade, por que ela pintaria um urso de roxo?
— O que há comigo? — ela perguntou e Alec rapidamente negou. — Você não gosta de colorir? — ela perguntou novamente.
— Não.
Meredith franziu a testa, como alguém poderia dizer isso?! Se fosse o que ela mais queria fazer no final do dia. Então Meredith se levantou e se aproximou do guarda que a olhou estranhamente ao vê-la se aproximar, ainda mais quando ousou pegar a mão dele sem se importar com a frieza de sua pele ou com aquele arrepio que percorria seu corpo, Alec que não querendo problemas tendo as rainhas tão próximas, ele concordou em caminhar com ela até a mesinha onde Meredith o deixou em pé para se aproximar de uma gaveta onde ela pegou outro livro para desenhar, deixando-o na mesa na frente de Alec, Meredith queria que ele senta-se ao lado dela.
O vampiro bufa irritado, concordando em sentar no tapete, foi quando Meredith colocou uma grande variedade de cores entre eles para que pudessem compartilhá-las, ela deu um sorriso brilhante para ele antes de pegar aquela cor roxa brilhante novamente para continuar pintando o urso. Alec então abriu o caderno de desenho escolhendo o primeiro que chamou sua atenção, parecia ser um macaco na selva, tinha uma casca de banana na cabeça, então ele pegou uma cor marrom para começar.
Alec apreciou o silêncio, Meredith parecia espalhar uma onda de calma e tranquilidade que o encheu de paz e foi o suficiente para ele relaxar os ombros tensos. Seus traços eram finos e corretos, os de Meredith eram bagunçados e saíam da linha embora ela parecesse fazer o melhor que podia e ela não se importava nem um pouco com isso até que seus olhos curiosos olharam para o desenho de Alec.
— Está lindo, Alec... — ela admite, surpresa. Para sua surpresa, o guarda abre um sorriso sem olhar para ela.
— Obrigado, Meredith. Seu urso também está bonito. — ele comentou. — É um lindo urso roxo.
— Não seja bobo, Alec, não existem ursos roxos. — Jane retrucou irritada, entrando na sala com uma bandeja de prata com comida para Meredith.
Então Alec observou Meredith se afastar dele e voltar a desenhar em silêncio.
— Irmã! Por que você não se junta a nós?
— Prefiro ficar no sol, obrigada. — Jane colocou a bandeja de frutas e suco sobre a mesa antes de sair rapidamente, batendo a porta com força.
— Você não precisa se preocupar, Jane tem esse efeito em todo mundo. — ele explicou gentilmente, olhando para Meredith, que parecia menos tensa agora que sua irmã estava fora. — Ela te assusta?
Meredith olhou para Alec e com seu pequeno polegar e indicador fez um movimento aproximando um do outro deixando um pequeno espaço entre eles.
— Sim... — ela confessou e Alec assentiu, ela sabia que assustar a garota para mantê-la afastada tinha sido sua missão, mas ela não podia desobedecer aos reis então foi forçada a viver com Meredith.
Meredith balançou a cabeça rapidamente, um pequeno sorriso escapando dos lábios de Alec, talvez ser babá de uma garotinha não fosse tão ruim quanto Jane o fez acreditar. Ele não via o que havia de errado nisso, Meredith era muito doce e inocente, especialmente gentil, Alec conseguia se lembrar e contar nos dedos as vezes em que alguém foi legal com ele e talvez fosse isso que incomodava tanto Jane, saber que por pior que ela fosse, Meredith nunca iria retribuir na mesma moeda.
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